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Goiânia, Goiás
Graduada em Ciências Contábeis pelo Centro Universitário Luterano de Palmas. Pós Graduada em Gestão e Auditoria na Administração pela Faculdade Albert Einstein. Trabalho com Auditoria, Assessoria e Consultoria. Atuo como Controller na Gestão e Treinamento Administrativo, Financeiro e Contábil para pequenas, médias e grandes empresas, através de soluções personalizadas que melhor atendam as necessidades da organização.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Para que eu quero Custos?

O título desse artigo reporta à época em que fora responsável pelo Dptº. de Custos de uma empresa, situada na região metropolitana de Porto Alegre, da qual fora funcionário na década de 90...

Certo dia, lembro-me bem, encaminhamos ao Dptº. Comercial um modelo de Planilha de Custos, com um protótipo de Orçamento de preços. Era um exemplo apenas, mas, os critérios técnicos, estavam fundamentados pela Contabilidade de Custos, sendo, portanto, um instrumento adequado para definição das finalidades as quais se propunha.

O objetivo de nossa proposta seria obter maior qualidade competitiva e segurança nas decisões relativas a preços, pois, naquela empresa, utilizavam-se de uma velha prática comercial de fazer incidir percentuais sobre o custo das matérias-primas para, assim, definir os preços de venda. Uma forma simplista e inadequada, diante da premente necessidade de precisarem ser competitivos no mercado...

Haviamos preenchido os campos do modelo de planilha com números fictícios, ilustrativos apenas, objetivando facilitar a interpretação pelos interessados pois, ainda, não possuíamos os dados reais que deveriam ser obtidos, futuramente, através da sua utilização na prática.

Era, na realidade, uma inovação que estavamos sugerindo... Julgávamos que o Dptº. Comercial seria partidário e compatível com nossa proposição, uma vez que, assim entendíamos, deveria ser o maior interessado naquela qualificação de critérios... Ficamos, então, no aguardo de uma resposta daquele departamento.

Passados alguns dias fomos surpreendidos pelo fato que, sem previamente nos consultar, buscando esclarecimentos, o titular do Dptº. Comercial encaminhou a planilha ao Diretor Executivo dando ciência de que se tratavam de números reais e um trabalho conclusivo elaborado pelo Dptº. de Custos...

O Diretor, naquele momento, convencido erroneamente de que os números apresentados seriam definitivos, manifestou-se irritado, soubemos depois, perguntando: "...para que eu quero Custos?...

Lembrei-me daquele episódio fazendo uma analogia entre a pergunta do Diretor e a desinformação existente, em expressivo número de empresas, ainda na atualidade, sobre a importância, a amplitude, a Utilidade e a variedade de benefícios que Custos pode proporcionar na gestão empresarial...

A pergunta: "...para que eu quero Custos?..." poderia ter sido respondida da seguinte forma:

"Porque a Contabilidade de Custos tem, basicamente, quatro grandes campos de aplicação, ou sejam: finalidades Contábeis, Fiscais, Legais e Gerenciais, conforme o embasamento a seguir considerado:

Finalidades Contábeis:
. Custeio de produtos e mercadorias para fins de apuração dos estoques;
. Identificação e controle setorial de despesas, custos e gastos supérfluos;
. Base para elaboração do Orçamento empresarial;
. Atendimento de informações a organismos públicos e privados, nacionais e internacionais;

Finalidades Fiscais:
. Avaliação dos estoques através da Integração do Custo com a Contabilidade geral (DL. 1598/77);
. Avaliação dos estoques de forma não integrada à Contabilidade Geral.

Finalidades Legais:
. Base informativa para trabalhos de Auditoria e Perícia;
. Atendimento de exigências legais e judiciais fundamentadas nos Princípios Contábeis.

Finalidades Gerenciais:
Gestão de Custos e Preços de Venda com amparo nos seguintes elementos:
. Formação dos preços de venda;
. Análise de custos;
. Apuração de Resultados por produtos, mercadorias, Serviços e empresa;
. Planejamento e projeção de Preços, Quantidades e Lucratividade;
. Ponto de Equilibrio Fisico-Financeiro de produtos, mercadorias, Serviços e empresa;
. Margem de Contribuição de Cobertura – MGCC, dos custos fixos, por  produtos, mercadorias,  Serviços e                       empresa;
. Análise Microeconômica.

Então, considerando-se o teor da resposta acima, podemos deduzir a amplitude dos campos de aplicação de Custos, especialmente no que tange ao processo decisório e de gestão empresarial, seja no que diz respeito ao controle de gastos, como custos e despesas, seja no atendimento de outras finalidades, entre as quais se destaca, como elemento principal, a Gestão de Custos e Preços diante do rápido processo de globalização e das restrições impostas por um mercado cada dia mais competitivo...

Hoje em dia as empresas precisam se valer da implantação, utilização e manutenção permanente de estratégias... É muito dificil competir no mercado. Os concorrentes se valem de todo tipo de apoio técnico possível. E, isso, é apenas uma questão formal de sobrevivência...

As estratégias de Custos e Preços começaram a ter um desenvolvimento significativo a partir do final da década de 80, quando houve um impulso na Informática, principal aliada da Contabilidade de Custos que é, certamente, sua maior usuária...

Análises e controles complexos que no passado deixavam de ser realizados, diante de dificuldades operacionais, hoje são facilmente determinados através do auxilio de micro computadores, beneficiando não apenas as empresas grandes ou de médio portes, mas, também, as micro e pequenas empresas.

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